MUSEO NACIONAL CENTRO DE ARTE REINA SOFIA
VASOS COMUNICANTES. Colección 1881-2021

“La anterior presentación de la colección fue en 2010. Desde entonces el mundo ha cambiado. Es otro mundo. Y como institución pública tenemos la obligación de dar herramientas para explicar el momento en el que estamos”, explica Borja Villel a El Confidencial sobre este enorme vuelco que ha dado el museo. Además, las colecciones acababan hasta ahora justo en los ochenta. “Han pasado cuarenta años y todo lo que ha venido después es lo que somos y eso no está en ninguna institución”, sostiene a su vez el director, que también se muestra muy contento con toda la incorporación del arte latinoamericano (de hecho, la parte novedosa tiene muchísimo de América Latina). Le pregunto para finalizar si también sabe que va a tener críticas por la inclusión de movimientos como el feminismo o el 15M. Evidentemente, lo sabe, pero sonríe: “Para esto está un museo”. El Confidencial

Depois de décadas de conservadorismo ‘contemporâneo’, imposto pela lógica comercial das feiras de arte e casas de leilões, o Reina Sofia coloca-se na vanguarda ibérica da renovação museológica. Aguardemos as réplicas no resto de Espanha e em Portugal.

Todos os museus são museus políticos. Uns sabem-no, outros não. Manuel Borja-Villel sabe-o com certeza, e foi corajoso ao ponto de levar o principal museu espanhol de “arte contemporânea” a mostrar que o mundo mudou ou atravessa uma fase de grande instabilidade estrutural. É verdade nas nossas vidas e na arte, ou, para ser mais preciso, devemos reconhecer que arte representou a tempo e horas (e continua a tornar visível) esta curva apertada da história humana.

O mundo começou realmente a mudar depois do esgotamento de certas dinâmicas de crescimento e esgotamento: a explosão demográfica mundial atingiu o seu pico em meados dos anos 60 do século passado; no dia 15 de agosto de 1971 o dólar americano abandonou a sua convertibilidade relativamente ao ouro (pondo assim um ponto final no sistema de Bretton Woods); em 1972, Donella H. Meadows et al. publicaram (com base no sistema computacional World3) o relatório “Limites do Crescimento”, prevendo uma crise sem precedentes causada pela interação entre o planeta Terra e os sistemas humanos (muitos anos antes, portanto, da recente teoria sobre uma suposta nova era geológica designada Antropoceno); a primeira grande crise energética global, em 1973, antecipou, ao contrário do otimismo militante do capitalismo, o plano inclinado em que hoje estamos; a queda do Muro de Berlim, a fulgurante ascensão industrial, tecnológica e cultural da China, a par do crescimento demográfico explosivo da África, interromperam de forma quase abrupta o conforto imperial dos Estados Unidos e da Europa, deixando nomeadamente esta última desamparada diante de múltiplos dilemas que, dia a dia, ameaçam a sua estabilidade social, política e cultural.

Perante tal dinâmica destrutiva, faria pois algum sentido manter as ficções culturais herdadas do Renascimento, e mais recentemente dos vários modernismos e vanguardas?

Esta crise das crises que o novo olhar sobre a coleção do MNCARS revela é, antes de tudo o mais, um despertar crítico para realidades até há pouco submersas, ou reprimidas, que se tornaram intoleráveis: as extensões e sobrevivência disfarçadas, hipócritas, opressivas, ou castradoras do colonialismo; a opressão sexual e de género, e o racismo, nas suas manifestações agressivas, subtis e até inconscientes; essa espécie de aflição ideológica que parece claramente ter tomado conta das elites intelectuais europeias e americanas (EUA); ou ainda a persistente egolatria dos autores ávidos de sucesso e dinheiro.

A polémica provocada por este renascimento do museu enquanto templo de antinomias, crítica, mas também de diálogo e renovada construção ideológica, é saudável, mesmo se demasiado circunscrita à luta de classes (deixando na penumbra Gaia, o conhecimento e a tecnologia), mesmo se correndo o risco de reduzir o campo de visão ao arquipélago linguístico que ergueu e consolidou, pelo menos em parte, o que Manuel Borja-Villel declaradamente pretende renegar ou “des-construir”.

Não obstante, este exercício de identidade e resgaste da memória merece, nos seus precisos termos, o benefício de uma descoberta serena e sem preconceitos.

VASOS COMUNICANTES. Colección 1881-2021

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El Museo Reina Sofía reordena y amplía su Colección con la voluntad de ofrecer narrativas y experiencias que, sin pretenderse exhaustivas ni categóricas, nos hablen del momento presente mediante el estudio crítico del pasado común. Lo que prima en esta nueva presentación no es la sucesión cronológica de los acontecimientos y obras, sino las relaciones y genealogías que desde el presente podemos tejer y desvelar. Se proponen, de este modo, ocho episodios temáticos que se abren a temporalidades flexibles y a enfoques interdisciplinares, y que pueden vincularse entre sí generando a su vez nuevos relatos.

A través de estos ocho episodios, la Colección del Museo Reina Sofía se reformula para responder al momento actual, a sus malestares, retos y esperanzas, afirmando así la condición viva, no estática, del pasado en la configuración de nuestro presente común.

OCHO EPISODIOS

Episodio 1.
Territorios de vanguardia: ciudad, arquitectura y revistas (Edificio Sabatini, Planta 2)
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Episodio 2.
El pensamiento perdido (Edificio Sabatini, Planta 4)
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Episodio 3.
Campo cerrado (Edificio Sabatini, Planta 4)
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Episodio 4.
Doble exposición: el arte y la Guerra Fría (Edificio Sabatini, Planta 4)
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Episodio 5.
Los enemigos de la poesía: resistencias en América Latina (Edificio Sabatini, Planta 4 y Edificio Nouvel, Planta 1)
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Episodio 6.
Un barco ebrio: eclecticismo, institucionalidad y desobediencia en los ochenta
(Edificio Nouvel, Planta 0)
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Episodio 7.
Dispositivo 92. ¿Puede la Historia ser rebobinada? (Edificio Sabatini, Planta 0)
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Episodio 8.
Éxodo y vida en común (Edificio Sabatini, Planta 1)
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