Half-Plant, de André Sier

Fundación Ortega MuñozAyN

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André Sier. Half-Plant, 2017 Computer, Code, WiFi AP, Electronics, Plants (vista parcial)

André Sier. Half-Plant, 2017
Computer, Code, WiFi AP, Electronics, Plants

Half-Plant es un híbrido bioelectrónico operado por teléfonos inteligentes y alimentado por procesos microelectrónicos y voltajes microbiológicos. Este híbrido transmite un punto de acceso WiFi, lo cual permite a quien se conecta en este modo con la obra mezclar diferentes procesos genéticos que combinan micro fluctuaciones electrónicas y biológicas.

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André Sier. Half-Plant, 2017 Computer, Code, WiFi AP, Electronics, Plants (pormenor)

 

SNAPSHOT. NO ATELIER DE…

 

Nomeado para a actual edição do Prémio Sonae Media Art, André Sier apresenta-se como um artista-programador que desde 1997 desenvolve projectos de arte digital, expondo em diversos formatos, que vão desde o vídeo aos objectos, passando pelas acções performativas. Com formação transversal em artes e ciências, e uma licenciatura em filosofia, André Sier entende o atelier como um espaço “de imersão, interactividade, matemática, poesia, jogos, exploratório da interioridade humana e aberto para o exterior”. A Artecapital conversou com o artista a propósito do espaço, do seu espaço de trabalho físico e virtual e do espaço real e imaginado presente nas suas obras.

 

Por Liz Vahia

 

LV: O que é que acontece diariamente no teu estúdio? O que é o “s373.net/x”?

 

AS: Trabalho em peças e ou nas infra-estruturas das mesmas. Preparo terreno para outras. Há trabalho rotineiro e exploratório a levar a cabo todos os dias. Encaro o estúdio como um espaço-viagem de transição para o desconhecido. Um planalto que permite espaço e tempo para portas que levam a regiões que me apetece explorar ou pelas quais sou surpreendido. Há todo um trabalho para chegar a este registo. Que só permite vislumbrar quando se accionam determinados mecanismos no real que por sua vez abrem fendas a um não conhecido. Para mim, o verdadeiro estúdio é sempre o interior profundo da mente. Esse desconhecido, albergado num corpo estendido entre orgãos, membros, espaços e ferramentas. Ele conduz a fisicalidade de um corpo. Tem sido esse o meu espaço de trabalho. Através do código e da programação de máquinas, criar ferramentas e mecanismos que possibilitam a habitação deste espaço. E neste espaço de trabalho, desenho, prototipo, escrevo e testo código, faço firmwares, soldo componentes, adquiro valores sensoriais, faço computadores, exploro um virtual que os meus mecanismos mentais e físicos possibilitam, leio, penso, pinto, esculpo, toco. E o “s373.net/x” é este estado, este atelier, o meu estúdio, onde quer que esteja. Gosto de linguagens operatórias, lógicas, e através delas chegar a planaltos inauditos, e este nome que escolhi para o meu estúdio é uma agregação de tudo isso. Dois números primos, o triângulo e o heptágono, juntos a apontar para o 10, ou para os binários 1 e 0. É também um departamento de pesquisa e desenvolvimento de uma empresa através da qual desenvolvo trabalho de engenharia artística, e que tem as infra-estruturas necessárias para as peças mais tecnológicas correrem. Um estúdio de imersão, interactividade, matemática, poesia, jogos, exploratório da interioridade humana e aberto para o exterior.

 

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André Sier. Half-Plant, 2017 Computer, Code, WiFi AP, Electronics, Plants (pormenor)

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